sábado, 21 de janeiro de 2012

Nossa estação

Os vestígios do teu perfume na minha roupa
Os resquícios do teu sorriso nos meus lábios
O cintilar dos olhos teus, infinito.

E só por essas epifanias, me vale abrir mão do que estará ali fora - outras tantas, poucas.
(Ao teu lado, inacreditavelmente mínimas.)


Uma paixão como um mar, para dentro do qual mergulho incessantemente e descubro sua profundidade aumentando, vertiginosa. Sempre para além do que eu supunha. O meu fôlego não falta. Foi tanto tempo de mergulhos apenas superficiais, burocráticos, que sequer me desconfiava capaz de flutuar tão satisfeito entre o fundo e a superfície. E a pressão do mar, que aumenta quanto mais profundos ficamos, servindo apenas para deixar tudo o que é nosso mais intenso.

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