quarta-feira, 11 de abril de 2012

Contraditando


Ela tem um olhar risonho que eu já não sei se era pra ser proibido ou se deveria haver uma lei que comprometesse todo mundo a rir olhando daquele jeito pra alguém. Assim talvez esse todo mundo entendesse o desequilíbrio que me dá a minha pequena grande. Essa falta de chão que cativa e assusta. Esse permanente cheiro de coisa inédita. Permanente cheiro de coisa inédita. Permanente e inédito. Contraditório, penso. Seja como for, sigo descendo pra cima nas curvas desse sorriso. Subindo enquanto caio na nossa vertigem, afogamento ao avesso. Seguindo em frente de costas sem olhar pra trás.
Os seus olhos molham os meus, o nosso amor foi pintado pelo Escher.


Um comentário:

  1. Esse final pra mim deu o ápice perfeito pra essas linhas. Acho que li umas duas, três vezes, de várias maneiras. As frases soltas o parágrafo inteiro, O "permanente e inédito" ficou ecoando na mente. Esse texto tem cheiro de sentimento bem dito, coisa bem escrita, isso sim! Lindo, Matheus! Beijos, Bia.

    ResponderExcluir